Um pássaro desamparado
pousou na janela do meu quarto,
piando alto e cada vez mais alto,
despertando-me do mais profundo sono.
Ele parou de piar
quando a janela abriu e o vento e a chuva entraram,
livrando-me da areia e me ensinando a respirar
O pássaro pousou na minha escrivaninha e pôs-se a me olhar
Fitava aquele corpo sem jeito e deslocado aprendendo a se equilibrar
Senti seus olhos nos meus olhos ocos,
olhos de vidro orgânico que não sentia
o que dentro do peito pulsava e que não sabia,
se sabia enfim, se batia.
Então aquele pássaro deu um pio quase mudo.
Ele sorriu um sorriso cansado e aliviado.
Fechou seus olhos com um suspiro
E o sopro de vida que ele esculturou
O fez dormir silenciosamente
na pele de quem ele despertou.
Te camera escondida aqui? Um passarinho entrou aqui e ficou na minha mesa a duas semanas atraz '-'
ResponderExcluirrsrs, nice writings! Espero algum dia terminar o poema que eu iniciei a dois anos atraz... >.<
isso me fez lembrar bird song.
ResponderExcluirme lembra Three little birds, do Bob Marley
ResponderExcluirBlack Bird, take these broken wings and lern to fly.
ResponderExcluirPoesia incrível gabi! Parabéns mesmo :')
learn*
ResponderExcluirAchei o máximo hein. Não é preciso dizer que seus textos são ótimos né, amor? Minha leitura de O Pássaro foi embalada com New Houses do Two door Cinema Club.. O que posso falar para uma exímia escritora? Continue assim ? Mas é claro que você continuará, afinal, quem nasceu com o talento nunca o perde.
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