quinta-feira, julho 26

A Briga Reconciliada.

  Algumas palavras são ditas antes de pensadas. Saem sem entender aquelas outras palavras ditas por outros lábios, lábios as vezes mudos por gotas salgadas que deslizam pelos seus cantos. E alguém chora, e alguém se preocupa e as palavras se alinham pelo desalinho de linhas planejadas as pressas e que não foram pensadas.
  Há um beijo, uma discussão e as palavras se entrelaçam num contexto enrolado de ideias abaladas.
Ideias que surgem e voltam. Certezas errantes do acaso contínuo de um cotidiano à dois, onde uma discussão se prolonga por um pedido descuidado, não pensado e é discutido para escolher o certo e criticar o errado, mas a matemática ainda não sabe equacionar duas almas perdidas entre o céu e a terra.
 O casal sente a tristeza alheia que os machuca.
 Então surge o silêncio.
 Silêncio orgulhoso que espera algo acontecer. Mas o quê?
 Uma surpresa. Um beijo, um pedido de desculpas bem feito, um choro incessante, um abraço tímido. O sentimento que se põe entre dois corpos e duas ideias. Duas mentes diferentes que pensam iguais, dispostas a trabalharem juntas a fim e afim de permanecerem unidas em todos os sentidos, por todos os pensamentos. Tramadas e urdumadas numa tela onde se colore uma vida eterna entre esses dois amantes que não podem mais se separar.

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