terça-feira, janeiro 8

Confiança

   Uma duvida, um riso e então, insistência. Insistência para ver, sentir e suar. Em querer ser de um corpo, mais um organismo a mantê-lo vivo. Então,os pedidos. Pedidos para uma vida a dois, e com esses pedidos, sonhos. Roncados e acordados, esses sonhos ligados ao tic tac do relógio fazem o corpo tremer e suar. Nesse meio tempo, tantos beijos e abraços e conversas e corpos. Uma amizade crescendo em descompasso, borboletas inquietas e o coração descompensado. Louco para sair do peito. Em paz com ele mesmo.
   A tranquilidade e felicidade exorbitante ao ver um pedido aceito. Mas ainda há duvida nessa relação. Há medo de ter sonhado demais. Então ela evita aquelas três palavras com medo da meia noite chegar. Mas ele não as cansa de dizer. Entre cenas e cachorros quentes, eles admiram a companhia de seus olhos em seus olhos. Ela então as diz como se aquelas palavras estivessem tatuadas em seu corpo.    
   E o tic tac tictaqueia e o tempo passa devagar e eles vivem depressa demais, se esquecendo de apreciar o momento. Ela corre mas ele quer andar. Surge o desentendimento, as brigas, desculpas e frustrações. A competição por atenção. Quem está certo? Quem é o melhor? 
   Um erro seguido de outro erro. Briga, lágrimas, um orgulho ferido, um grito de tristeza emudecido. Uma amizade comprometida, um amor sem vida, uma confiança adoecida. E ela sonha, ela espera, ela chora e duvida. E o alicerce dessa casa? Sobrevive?

Um comentário:

  1. A confiança cresce como uma vida e morre como a mesma, é estranho imaginar como isso faz sentido, muitas confianças acabam tão depressa como surgem e... Bem, é como a própria vida que morre e não deixa mais que lembranças em algumas cabeças pra trás. Gostei bastante, Tonks.

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