domingo, janeiro 13

Última para o bardo


É, meu bem, a nossa história acabou...E o que nos sobrou?
Um amor asfixiado, um sonho interrompido, um ego descontrolado.
Eu já não me lembro de como é viver sem ter o cheiro do teu corpo na minha cama ou de acordar sem te ver olhando para mim com teu sorriso bobo...

Não há como impedir as lágrimas de rolar quando eu olho para o mundo e vejo tanto de nós nele. E agora as boas lembranças perfuram meu pulmão, me torturam com cenas de nós dois. Risos, beijos e olhares...

E a esperança, uma jovem de pele clara e macia, de semblante frágil, que me põe a sonhar com um você mais você e menos ego. Ela me engana, me confunde, me faz imaginar algo que não existe. Ela me tortura, me faz gritar para mim mesma... eu me perdi.

Eu te pergunto, por que tanta insistência numa relação que tu mesmo não soube insistir? Teu ego massacrou a nossa aldeia enquanto você dormia e eu tentava te acordar enquanto a nossa casa pegava fogo... E o que foi feito das músicas desse bardo? Que tanto falavam de amor... o que foi feito com esse amor? Por que a melodia saiu do tom? Vou parar de pensar nisso, porque não consegui achar os motivos para o cálice cair e o vinho derramar...

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