Tinoco {Debate Social}

*Revolts: mode *

Tinoco: 

     A gente sabe, percebe, muitas coisas , mas infelizmente a gente ignora também, e MUITO. Foi em uma conversa com uma amiga que veio o estalo de ... Porque certos filmes não chegam nas telas dos cinemas da zona norte do rio de janeiro? Será que não somos capaz de entender um filme francês ou desconhecemos a Coco Chanel? E se isso for verdade, pior ainda porque ai mesmo que não teremos chance de conhecer certos filmes. É chato, estressante, fazer uma 'viagem' pra poder ir ao cinema.

   Nesse caso eu tô falando dos filmes... mas... o que mais a gente perde por aqui?

    Na alimentação... O custo de vida na zona sul é diferente do nosso. Mas educação bem que poderia estar no mesmo nível.

Tonks: 

   Não é apenas a questão de um filme. Isso foi a gota d’água. Estamos fartas de ver reformas da Zona Sul, de “melhorarem” as favelas, de tirarem mendigos da rua, de terem os melhores restaurantes, lojas mais variadas possíveis e a humilde Zona Norte ter que “abrigar” os mendigos de lá, das favelas daqui serem ignoradas e das ruas serem tortas e tão pouco arvorizadas. Zona Norte não é cortiço. Não é selva e também pertence ao Estado do Rio de Janeiro.

  Mas o povo faz alguma coisa? Não. E quando as pessoas resolvem sair quebrando tudo, os policiais dão porretadas e o governo resolve fazer um “bondinho” para as favelas.

  Aquela mesma política “Du pain et du Cirque” ou seja “Pão e Circo”.

  Ter que pegar uma condução que leva uma hora para chegar no único cinema que passe aquele filme que você queria tanto ver é totalmente desnecessário e humilhante.

  A Zona Norte não é menos inferior que a Zona Sul. É menos zelada e mais ignorada de todas as maneiras; educação, saúde, infra estrutura. Será que precisaremos de uma Revolução Francesa no meio do verão carioca?

  Seria bom que o governo parasse de pensar em panetone e começasse a pensar na cultura.

  Tinoco e Tonks: 
   Enquanto as pessoas comemoram que as Olimpíadas estão ai e que depois teremos a Copa. Nós dizemos: somos totalmente contra, afinal de contas quem vai lucrar vai ser o governo e com ele a Zona Sul. O pobre suburbano vai ter que se dirigir até o fim do mundo para torcer pela pátria que deu as costas para ele. Mas quando precisa dele, dá cestas básicas e promessas vagas.