sábado, abril 17

Seguir em Frente

Mas então, como fica essa nossa relação de não dizer o que deve, de sentir o que não deve?
Como posso andar pela rua com a sua sombra se fundindo a minha,
com o meu sorriso no teu olhar e sua voz em meus pensamentos?
Ah, se minha garrafa de whiskey não tivesse me derrubado naquela noite,
se o teu cheiro não tivesse me dopado
se eu não temesse o que sinto,
não teria meu travesseiro implorando pela tua companhia. 
E você me abraça, me beija e diz que me ama, mas tudo de um jeito diferente.
De um jeito que eu não entendo.
Ajude-me a compreender todo esse tormento.
Ou você ainda não percebeu que caimos numa armadilha sem fim aparente?
O impulso soluça freneticamente em meu peito inerte em esperanças desperançosas.
E assim eu sigo até o dia em que desprender-me-ei dessa teia,
onde o tempo trará o bom vento que soprarar essas lembranças das quais falta não sentirei,
e trará alguém melhor para mim.

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