quinta-feira, abril 28

Frustração, desejo e texto.

    Olho para a tela e não há nada lá a não ser o piscar do cursor, afrontando-me, inibindo minha mente de trabalhar como se eu fosse a cobaia de uma lobotomia bem sucedida. Me encontrava no meio da escassez de ideias e palavras. Meu córtex foi desligado, ou melhor, sintonizado em outra frequência que não pegava a tempestade de palavras que deveria me molhar.
   Eis que surge uma ideia. Uma explosão de palavras silenciosas se desencadeia. O Brainstorm que eu esperava deixou meu corpo visível. Pude tocá-lo, sentí-lo e refrescar a minha alma. Aquela sensação me tomou. Me prendeu. Estou presa em palavras, música. figuras, corpos e almas.
  O cursor não piscava mais, ele marcava o tempo entre as palavras enquanto meus dedos dançavam sob o teclado, se embolando e dando vidas a palavras que formavam a sinfonia eufórica da eufonia que ecoava dentro de mim.

3 comentários:

  1. "Olho para a tela e não há nada lá a não ser o piscar do cursor, afrontando-me, inibindo minha mente de trabalhar como se eu fosse a cobaia de uma lobotomia bem sucedida."

    É nós x)

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  2. O negocio não é ter algo pra escrever, é se ater a isso. Cansei de deletar textos inteiros so porque achei o final uma bosta, e nem tentava consertar nada =B

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